É sempre bom usar um argumento de autoridade no texto (mas não é obrigatório)! Trata-se de uma forma de ratificar a tese defendida. No entanto, não faz sentido usar referências aleatórias, ou seja, nada de usar uma referência sem conexão direta com o tema. É importante que a autoridade escolhida seja, de fato, relacionada ao tema proposto. A redação requer muita atenção! Além da estrutura e de uma revisão gramatical bem feita, o candidato precisa, obviamente, ter bons argumentos. Um texto bem escrito requer boas estratégias argumentativas e domínio do tema.
O que é um argumento de autoridade?
Um argumento de autoridade é uma estratégia discursiva para sustentar a tese do texto. Ela se baseia na referência a um especialista para justificar o posicionamento adotado na redação.
Assim, o candidato pode se valer de um constitucionalista, de um cientista, de um filósofo ou de um autor de referência em uma dada área do conhecimento para embasar o texto.
Onde e como usar um argumento de autoridade?
O argumento de autoridade deve ser usados na introdução, como forma de apresentar o posicionamento adotado, ou no desenvolvimento, para embasar a tese. É importante que o argumento escolhido tenha afinidade direta com o tema e que seja analisado pelo redator, isto é, deve ser explicado a partir da lógica adotada no texto. Não se deve usar argumento de autoridade na conclusão do texto, pois se trata de uma parte de retomada de ideias.
Exemplo 1
Segundo o filósofo grego Platão, existem dois mundos, um palpável, associado aos sentidos, e outro abstrato, o qual só pode ser acessado pelo pensamento. Nessa lógica, o ser humano processa a realidade em dois planos distintos (porém vinculados), quais sejam, as experiências objetivas e as visões de mundo que ele constrói a partir delas. Cabe, ainda, destacar que os aspectos concretos e abstratos da realidade humana são afetados pela cultura, em função das interferências coletivas a que os indivíduos estão expostos.
Exemplo 2
De acordo com o psicanalista Sigmund Freud, a influência dos pais direciona a criança, quer com provas de amor, quer com ameaças a partir de castigos. Nesse contexto, deve-se entender a importância do cuidado com a criança para a formação de indivíduos autônomos e seguros. A correlação entre abusos físicos e psicológicos na infância e comportamento disfuncional na adolescência comprova que a intimidação excessiva pode trazer prejuízos à saúde mental infantojuvenil.
Exemplo 3
Conforme o psicólogo Jean Piaget, em sua obra “O juízo moral na criança”, o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas. Nesse contexto, o espaço educacional deve estar aberto a experiências diferentes das já realizadas, não se limitando simplesmente a repetir o que outras gerações fizeram. Deve-se oportunizar, na escola, um formato baseado na autonomia e na construção de novas perspectivas de mundo. Assim, a repetição de modelos pedagógicos deve ser desestimulada, na medida em que a prática limita a formação de novos paradigmas sociais.